Um ataque a tiro realizado esta terça-feira por um membro da Guarda Nacional da Tunísia matou dois visitantes e três polícias perto da sinagoga Ghriba, na ilha de Djerba. O atacante foi abatido pelas forças de segurança tunisinas, afirmou o Ministério do Interior.
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O autor do atentado, agente no centro naval da Guarda Nacional na cidade de Aghir, atingiu primeiro um colega e confiscou a sua munição antes de dirigir-se à sinagoga Ghriba, segundo o Ministério do Interior. O atacante atirou de forma indiscriminada contra as forças de segurança que estavam perto da sinagoga mais antiga de África, o que resultou na morte de dois visitantes, um francês e um tunisino, e mais dois polícias.
Outros quatro agentes policiais e pelo menos quatro visitantes ficaram feridos, de acordo com a agência France-Presse (AFP) e a estação Al Jazeera. O Ministério do Interior confirmou que o guarda responsável pelo ataque foi morto pelas forças de segurança, que colocaram, esta quarta-feira, um cordão de isolamento na área para investigar o caso.
"As investigações continuam para esclarecer os motivos desta agressão covarde", disse a responsável pela pasta do Interior tunisina, citada pela AFP. O órgão do Governo evitou classificar o ataque como um atentado terrorista antissemita, enquanto os investigadores tentam descobrir se este foi ou não um episódio isolado. Uma porta-voz da diplomacia francesa disse que o país europeu "condena este ato hediondo nos termos mais fortes".
O destino turístico de Djerba, a 500 quilómetros da capital Tunes, recebia naquela terça-feira o último dia de uma peregrinação anual para a sinagoga Ghriba, a mais antiga no continente. A segurança no local já estava reforçada devido a um atentado ocorrido em 2002, quando um camião-bomba da al-Qaeda matou 21 pessoas.