
Seis voos que ligavam a cidade de Faro à Escócia foram cancelados, terça-feira, devido à nuvem de cinzas propagada pela entrada em actividade de um vulcão islandês. Espaço aéreo português não foi afectado.
O porta-voz da ANA, Rui Oliveira, disse à Lusa que são, ao todo, três chegadas e três partidas de ligação entre a capital algarvia e aquele país que tiveram que ser canceladas, afretando os voos de três aviões, dois da companhia "Ryanair" e um da "EasyJet".
Quatro dos voos foram cancelados ainda durante a manhã de hoje, enquanto os restantes dois deveriam apenas realizar-se à tarde, acrescentou a mesma fonte, porta-voz da empresa que gere os aeroportos portugueses.
O espaço aéreo de Portugal está aberto sem qualquer restrição, sendo a Escócia, Islândia e Dinamarca a serem os únicos países afectados pelas cinzas do vulcão islandês, disse hoje à agência Lusa fonte da NAV.
No "espaço aéreo da responsabilidade de Portugal, não há qualquer afectação pela nuvem de cinzas", disse à Lusa a responsável de comunicação da empresa de navegação aérea, Sofia Azevedo.
"A nuvem de cinzas tende a dissipar, a partir da 18 horas até meia-noite de dia 25 [quarta-feira]", de acordo com as previsões da NAV Portugal, gestora do espaço aéreo nacional, acrescentou a mesma fonte.
Sofia Azevedo sublinhou que o "espaço aéreo nacional também não sofreu aumento de tráfego, incluindo a zona de Santa Maria", devido às cinzas do vulcão, e que o evoluir da "situação é acompanhada constantemente".
Adiantou ainda que "todas as condições de segurança estão garantidas", e que as companhias de aviação e a NAV "estão a monitorizar o evoluir da situação".
A mesma fonte disse ainda que os passageiros "podem estar descansados", porque antes de um avião levantar voo conhecem-se as condições atmosféricas e o que se vai encontrar podendo-se alterar as rotas de voo, caso seja necessário.
A gestão do espaço aéreo nacional é assegurado pela NAV Portugal, que presta serviços de controlo de tráfego aéreo nas regiões de informação de voo de Lisboa e Santa Maria, garantindo o cumprimento da regulamentação legal.
A decisão de voar ou suspender os voos ficou deixada às próprias companhias ainda que estas tenham que pedir sempre autorização à Autoridade da Aviação Civil britânica.
O vulcão islandês Grimsvotn, o mais activo do país, entrou em erupção no domingo, mas os cientistas acreditam que não irá provocar o caos nos transportes aéreos tal como aconteceu em 2010 com as erupções do Eyjafjallajokul.
