A polícia russa descobriu uma seita islâmica a viver num bunker subterrâneo, sem água, luz ou condições de higiene. Entre os seus membros encontram-se 20 crianças, a mais nova das quais com 18 meses. Algumas nunca viram o sol. Veja o vídeo.
Corpo do artigo
A maioria das crianças nasceu debaixo de terra e nunca tinha visto o sol até a polícia as resgatar e as levar ao hospital. Entre os membros da seita encontra-se uma menor grávida.
[youtube:n8NvEFHzG14]
A descoberta foi feita no dia 1 de agosto (embora só agora tenha sido divulgada)nos subúrbios de Kazán, a capital da Tartária, a cerca de 800 quilómetros de Moscovo.
À frente da seita está Faizarahmán Satárov (foto ao centro), de 83 anos, que diz ser o profeta Maomé e considera a sua casa um estado islâmico independente.
O líder religioso proibia os seus membros, mais de 70 pessoas, a consultar um médico e às crianças de irem às escolas. Segundo os jornais russos, só alguns adultos estavam autorizados a sair do bunker para trabalharem como comerciantes no mercado local. A situação prolongava-se há uma década.
Os menores foram transportados ao hospital para serem vistos pelo pessoal médico e depois encaminhados para orfanatos. Não houve detenções, mas os adultos são acusados de não respeitar os deveres parentais previstos na lei russa.
Ranis Bakhitov, da polícia de Kazán, explica que o bunker "era um labirinto com espaços muito pequenos, , de dois por três metros". De acordo com as autoridades, a casa foi construída ilegalmente, pelo que será destruída. Os membros da seita já afirmaram que se opõem à sua demolição.