Bob Menendez e mulher acusados de aceitar subornos, de beneficiar empresários e de favorecer o Governo do Egipto.
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O senador democrata de Nova Jérsia e líder do Comité de Relações Internacionais do Senado norte-americano, Bob Menendez, foi indiciado hoje, pela segunda vez, por acusações de corrupção. Menendez e a mulher são acusados de aceitar milhares de dólares em subornos para favorecer três empresários e utilizar a influência para manipular a política externa a favor do Egipto.
As trocas de favores terão ocorrido entre 2018 e 2022, e o casal terá recebido “dinheiro, barras de ouro, pagamentos de hipotecas, compensações por um emprego de fachada, um carro de luxo e outros itens de valor”, detalha a acusação do processo, segundo a estação NBC.
Um dos beneficiados terá sido o empresário egípcio-americano Wael Hana, a quem o democrata terá ajudado a proteger, junto do Departamento de Agricultura norte-americano, um monopólio empresarial concedido a Hana pelo Governo egípcio. Além disso, também terá cedido “informação sensível do Governo dos Estados Unidos” ao Egipto e, com a ajuda de Hana e da mulher, tentou “introduzir informadores egípcios e oficiais militares no Senado”.
Os restantes empresários, Jose Uribe e Fred Daibes, terão subornado o político para que interferisse em processos, que cada um tinha, no Departamento de Justiça norte-americano.
Menendez negou qualquer responsabilidade, afirmando que os procuradores “deturparam o trabalho normal de um gabinete do Congresso” e que “não se deixará distrair por alegações sem fundamento”.
Este é o segundo processo por corrupção que Menendez enfrenta desde que foi eleito para o Senado, em 2006. Em 2015, foi acusado de aceitar subornos de um oftalmologista da Florida, entre os quais, mais de 700 mil dólares em contribuições a seu favor e do Partido Democrata, voos num avião privado e três noites num hotel de cinco estrelas em Paris.