Sequestrada em cave na República Checa e abusada durante três meses: "Tinha uma corrente à volta do pescoço"
Uma mulher de 27 anos foi sequestrada e submetida a vários de tipo de abuso por um homem, no noroeste da República Checa. O caso foi divulgado este mês, depois de a vítima se ter conseguido libertar. O agressor, identificado como Karel N., foi detido e já tinha sido condenado por crimes semelhantes.
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O cenário de terror foi descrito pela imprensa checa: depois de sequestrada, a jovem foi acorrentada à cama, espancada, abusada sexualmente e obrigada a beber água de uma tigela para cão. Os crimes foram cometidos na cave da casa de Karel, em Sirem, Louny, noroeste da República Checa.
A vítima foi mantida em condições precárias durante três meses e conseguiu libertar-se no dia 16 de fevereiro, por volta das três horas da manhã. “Não tinha cabelo, tinha uma corrente grossa com um cadeado à volta do pescoço, era só pele e osso”, revelou um morador ao jornal local "Mlada Fronta Dnes", citado pela imprensa britânica.
Um casal que morava nas redondezas, e que ouviu os pedidos de auxílio da vítima, ajudou a jovem a arrancar a corrente à volta do pescoço com um alicate e chamou uma ambulância. As autoridades também foram mobilizadas para o local.
Um dos socorristas confirmou que a vítima “estava amarrada a uma cama pesada" e que "conseguiu puxar a corrente e usá-la para sair pela janela”. “Ela disse que ele lhe rapou a cabeça e raramente lhe dava algo para comer. De vez em quando dava um pouco de pão e água de uma tigela, como os cães”, contou uma das vizinhas, com quem a vítima desabafou.
O sequestrador, conhecido na comunidade, foi descrito pela vizinhança como “sociável”. De acordo com a imprensa checa, o homem, motorista, já tinha abusado violentamente de outra mulher, de 22 anos, em 2021. A história foi semelhante, mas dessa vez recorreu a choques elétricos para aterrorizar a vítima, que foi atraída para sua casa, com a promessa de arranjar um emprego.
Na altura, Karel N. foi condenado a três anos de prisão, mas foi libertado antes da data prevista. Desta vez, aguarda pelo julgamento do sequestro e abuso da vítima mais recente. Encontra-se sob vigilância das autoridades, devido ao risco de fuga. Se for considerado culpado, pode enfrentar 12 anos de prisão.
Este é um caso idêntico ao do austríaco Josep Fritzl, que foi condenado a prisão perpétua por sequestrar e abusar sexualmente da filha, Elisabeth, na cave da própria casa durante 24 anos. A vítima teve sete filhos do agressor.