Um vídeo póstumo de Amedy Coulibaly a jurar fidelidade ao Estado Islâmico apareceu este domingo nas redes sociais. No filme, explica e justificar os atentados que deixaram Paris em estado de sítio, esta semana, e confirma a ligação aos irmãos Kaouchi.
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O vídeo começa com imagens de Amedy a exercitar-se. "Ele prepara-se para lutar contra os inimigos de Alá", lê-se no texto que acompanha as primeiras cenas do filme, de pouco mais de sete minutos, em que se vê, também, o arsenal de armamento que teria ao dispor.
Amedy, apresentado como Abou Bassir Abdallah al-Ifriqi, jura fidelidade ao Estado Islâmico nas primeiras cenas, que terão sido filmadas antes dos ataques que lhe são atribuídos: a morte de uma polícia municipal, quinta-feira, e o sequestro de várias pessoas numa mercearia judaica (quatro morreram, assim como o suspeito).
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No vídeo, Amedy aparece em quatro cenários, com respetivas indumentárias diferentes, e responde a perguntas sobre os atentados de Paris. Diz que fez muitas coisas com os irmãos Kouachi, suspeitos de matar 12 pessoas no ataque à sede do "Charlie Hebdo" e admite que ajudou Chérif e Said.
"Financiei o projeto deles com milhares de euros, para que terminassem o que começaram", diz, filmado numa casa de aparência moderna e vestindo uma camisa clara e um colete de combate.
A autenticidade e a autoria do vídeo não foram reivindicadas, mas a edição e a pós-produção visual deixam perceber que os ataques de Amedy e dos irmãos Kaouchi são resultado de uma preparação cuidada e premeditada.
Amedy justifica os ataques em França com a necessidade de defender os que atacam o Estado Islâmico e defende a liberdade dos muçulmanos aplicaram Sharia na sua própria casa. "Vocês têm de decidir tudo o que se passa no Mundo", questiona.
Na última mensagem, Amedy dirige-se diretamente aos muçulmanos para se unirem em defesa do Islão e combater os "insultos repetidos contra o Profeta" Maomé.