Duas pessoas próximas do suspeito do atentado de Estrasburgo, já abatido pela polícia, foram detidas na noite de quinta-feira fazendo aumentar para sete o total de pessoas sob custódia, anunciou o procurador de Paris, Rémy Heitz.
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O magistrado precisou que estão detidos "quatro membros da (...) família" do suspeito e três outras pessoas próximas, "um dos quais colocado sob custódia ontem [quinta-feira] de manhã e dois esta noite".
"A investigação vai continuar para identificar eventuais cúmplices ou coautores que o possam ter ajudado ou encorajado na realização do ato", adiantou Heitz.
Chérif Chekatt, 29 anos, o suspeito do ataque terrorista de terça-feira no mercado de Natal de Estrasburgo, que causou três mortos e 13 feridos, foi abatido pela polícia francesa na quinta-feira, depois de dois dias em fuga.
Três dos 13 feridos do atentado deixaram o hospital na quinta-feira e outros três encontram-se "entre a vida e a morte", indicou o ministro do Interior francês, Christophe Castaner.
O procurador referiu que o suspeito foi visto por uma patrulha da polícia às 21 horas (20 horas em Portugal continental) de quinta-feira no bairro de Neudorf, zona no sul de Estrasburgo onde se tinha perdido o seu rasto no dia do ataque.
Chekatt, "que detetou a presença do veículo da polícia", tentou primeiro entrar num prédio, sem sucesso, voltando-se depois na direção dos polícias e "apontado a sua arma - semelhante à utilizada na terça-feira à noite - na sua direção para disparar", contou Heitz.
"Um projétil atingiu o veículo da polícia acima da porta traseira esquerda. Dois dos três polícias ripostaram então, disparando várias vezes e matando o autor", adiantou, indicando que "a morte de Chérif Chekatt, formalmente identificado por comparação (...) das suas impressões digitais, foi constatada às 21.05 horas".
O procurador disse ainda que foi apreendido ao suspeito um revólver antigo, uma faca e munições.
O apelo para informações sobre o paradeiro do suspeito resultou em "perto de 800 chamadas" e permitiu "considerar como provável a presença do fugitivo no bairro de Neudorf", segundo Heitz.
O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, que através da sua agência de propaganda Amaq anunciou na quinta-feira que Chekatt era um "soldado" do movimento, tendo realizado a "operação em resposta ao apelo para atingir os cidadãos (dos países) da coligação internacional" que combate o EI na Síria e no Iraque.