Silvio Berlusconi foi condenado, esta segunda-feira, a sete anos de prisão e à inabilitação perpétua para exercer cargos públicos. O ex-primeiro-ministro italiano foi considerado culpado de recurso à prostituição de menores e de abuso de poder.
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Um tribunal de Milão, Itália, condenou, esta segunda-feira, Silvio Berlusconi a sete anos de prisão e à inabilitação perpétua para exercer cargos públicos. O antigo primeiro-ministro italiano foi considerado por pagar para ter sexo com uma dançarina exótica, conhecida por Ruby, quando esta era menor.
O coletivo de juízes, composto por três mulheres, consideraram, ainda, Berlusconi por abuso de poder, ao usar os poderes de chefe do Governo para encobrir o caso e, noutra altura, para conseguir a libertação de "Ruby", quando esta foi detida por suspeita de furto.
A condenação de Berlusconi, de 76 anos, só será efetiva depois de o acusado esgotar os recursos possíveis.
O julgamento começou em 2011 e surgiu no âmbito de investigações a festas, descritas como "orgias" pelo Ministério Público, organizadas na primavera do ano anterior numa luxuosa mansão de Berlusconi em Arcore, perto de Milão, nas quais participou a jovem marroquina Karima El Mahroug, conhecida como Ruby, que na altura tinha 17 anos.
A procuradora Ilda Boccassini tinha pedido uma pena para o ex-chefe de Governo italiano não inferior a seis anos de prisão, cinco anos por ter usado em maio de 2010 a sua posição para libertar a jovem, detida por um furto, e mais um ano por "ter pago as prestações sexuais da menor".
Desde a sua entrada na política em 1994, Silvio Berlusconi já foi condenado a mais de 10 anos de prisão, por diversos crimes, mas nenhum dos julgamentos é até agora definitivo.
As três magistradas que julgaram Berlusconi decidiram entregar ao Ministério Público as atas de alguns depoimentos para investigarem possíveis falsas declarações.