Singapore Airlines vai dar 9 mil euros a feridos leves de voo com forte turbulência
A Singapore Airlines (SIA) afirmou esta terça-feira que vai dar 10 mil dólares (cerca de 9 mil euros) de compensação aos passageiros que sofreram ferimentos leves no voo atingido por turbulência extrema no mês passado e discutirá indemnizações maiores com os feridos mais graves.
Corpo do artigo
Um britânico de 73 anos morreu e vários outros passageiros e tripulantes a bordo do voo SQ321 vindo de Londres sofreram lesões no crânio, cérebro e coluna vertebral durante a terrível perda de altitude.
Os pilotos desviaram o Boeing 777-300ER com destino a Singapura, que transportava 211 passageiros e 18 tripulantes, para Banguecoque, onde os feridos foram levados para hospitais.
Num comunicado divulgado na terça-feira, a SIA disse ter enviado e-mails a oferecer 9 mil euros em compensação aos passageiros que sofreram ferimentos leves durante o incidente.
“Para aqueles que sofreram ferimentos mais graves... nós convidamo-los a discutir um valor de compensação para responder a cada uma das suas circunstâncias específicas, quando se sentirem bem e prontos para fazê-lo”, disse a companhia aérea.
“Aos passageiros avaliados clinicamente como tendo sofrido ferimentos graves, que necessitam de cuidados médicos de longo prazo e assistência financeira, é oferecido um pagamento adiantado de 25 mil dólares (cerca de 23 mil euros) para fazer face às suas necessidades imediatas. “Isso fará parte da compensação final que esses passageiros receberão”.
Além disso, a transportadora disse que reembolsaria o preço dos bilhetes de todos os passageiros do voo, inclusive os que não ficaram feridos.
“Todos os passageiros também receberão compensação por atraso de acordo com os regulamentos relevantes da União Europeia ou do Reino Unido”, afirmou.
11 passageiros ainda estão internados
Na tarde de terça-feira, 11 passageiros do voo ainda recebiam tratamento em hospitais em Banquegoque, disse um porta-voz da SIA à agência de notícias France-Presse.
De acordo com a Convenção de Montreal, as companhias aéreas são responsáveis por danos causados por ferimentos ou morte de passageiros durante a viagem.
“Os valores das indemnizações são determinados pela gravidade dos ferimentos de cada passageiro, com base nas informações assim fornecidas pelas respetivas instituições médicas”, afirmou o porta-voz.
“Reconhecemos que os passageiros com lesões mais graves podem necessitar de apoio adicional adaptado às suas circunstâncias individuais”.
A SIA já tinha dado cerca 700 euros a cada passageiro que partisse de Banguecoque para o seu destino final, para cobrir despesas imediatas.
Também tem assumido as despesas médicas dos passageiros feridos e providenciou que os seus familiares voassem para Banguecoque quando solicitado.
“A SIA continua comprometida em apoiar os passageiros afetados que estavam a bordo do SQ321”, disse a companhia aérea.
O Ministério dos Transportes de Singapura disse que uma queda repentina de altitude de 54 metros (177 pés) fez com que passageiros sem cinto fossem atirados violentamente para dentro da cabine.
A aeronave experimentou uma “mudança rápida” na força gravitacional, ou força G, enquanto passava sobre o sul de Myanmar, disse o ministério, citando um relatório preliminar do Departamento de Investigação de Segurança de Transporte de Singapura.
A equipa de investigação incluiu especialistas do TSIB, do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA, da Administração Federal de Aviação dos EUA e do fabricante do avião, Boeing.