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Uma mulher vai ser executada, esta sexta-feira, em Singapura, por tráfico de droga. Saridewi Djamani, de 45 anos, foi condenada em 2018 e, cinco anos depois, torna-se na primeira mulher em 20 anos a ser executada no país por crimes relacionados com substâncias ilícitas.
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Djamani é a segunda pessoa a ser executada esta semana, depois de Mohd Aziz bin Hussain, condenado por traficar 50 gramas de heroína. De acordo com a BBC, Singapura tem algumas das leis antidroga mais duras do Mundo e, segundo as autoridades, é algo necessário para manter a segurança da população. Antes de Djamani, outras 14 pessoas sofreram a mesma penalização desde março do ano passado.
A mulher tinha na sua posse 30 gramas de heroína, sendo que, segundo as leis do país, a pena de morte é aplicada a partir das 15 gramas.
Durante o julgamento, Djamani não negou que vendia drogas, mas afirmou que “estava a armazenar heroína para consumo próprio durante o mês de jejum islâmico”. É a segunda vez, no espaço de 20 anos, que uma mulher é condenada a pena de morte por crimes deste tipo.
Neste momento, uma outra mulher permanece no corredor da morte.
As autoridades de Singapura acreditam que esta legislação ajuda a manter o país num dos “sítios mais seguros do Mundo”, mas as organizações de Direitos Humanos discordam desta afirmação.
Richard Branson, empresário britânico, demonstrou o seu desagrado perante as decisões dos líderes que “continuam a executar pessoas por crimes inofensivos”. “Não há evidências de que a pena de morte tenha um efeito dissuasor ou qualquer impacto sobre o uso e a disponibilidade de drogas", argumentou Chiara Sangiorgio, membro da Amnistia Internacional.
O último caso ocorreu em 2004 e envolveu Yen May Woen, uma cabeleireira executada por tráfico.

