Sínodo dos Bispos encerrou este domingo, mas foram adiadas discussões sobre ordenação das mulheres, celibato e homossexualidade.
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Depois de quase um mês de discussão, o Sínodo dos Bispos encerrou este domingo, no Vaticano, remetendo para a nova assembleia plenária, marcada para outubro de 2024, respostas concretas sobre alguns dos temas levantados pelos católicos de todo o mundo.
O exercício do poder dentro da Igreja, os ministérios, a moral e a relação com outras religiões, o papel das mulheres e a sua possível ordenação e a sexualidade e o celibato são alguns dos temas que, embora discutidos pelos participantes, serão motivo de uma nova reflexão no próximo ano.
No encerramento da assembleia, o Papa Francisco afirmou que a Igreja não exige atestado de "boa conduta". “A Igreja que somos chamados a sonhar é uma Igreja servidora de todos, serva dos últimos. Uma Igreja que nunca exige um atestado de ‘boa conduta’, mas que acolhe, serve, ama e perdoa, uma Igreja com as portas abertas e que seja porto de misericórdia”, afirmou o Sumo Pontífice.
Franscisco resumiu, desta forma, o debate a que deu início e que pôs a Igreja a discutir a forma como pensa, como age e como funciona. As conclusões apresentadas num documento com 273 parágrafos, foram aprovadas com uma maioria de dois terços, sendo que dos 364 membros com direito a voto, apenas 346 efetivamente votaram.
D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa foi um dos que não esteve presente na votação do relatório final do Sínodo. O antigo bispo sadino viajou sábado para Portugal para estar presente na missa inaugural de Américo Aguiar como novo bispo de Setúbal, faltando à votação.