Sirenes de alerta soaram esta segunda-feira de manhã em Telavive depois de terem sido disparados rockets de Gaza, no dia em que se assinala o primeiro aniversário dos ataques do Hamas a Israel, anunciou o exército israelita.
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O ataque já foi reivindicado pelo braço armado do grupo islamita Hamas que referiu ter atacado as forças israelitas em diferentes partes de Gaza para sublinhar a resiliência dos militantes face à ofensiva israelita que matou cerca de 42 mil palestinianos e destruiu grandes áreas de Gaza, desalojando cerca de 90% da sua população.
Segundo os militares israelitas, três dos rockets foram intercetados e um quarto caiu em área aberta, sem causar vítimas ou danos materiais.
O exército acrescentou ter lançado durante a madrugada de hoje uma série de ataques de artilharia e bombardeamentos aéreos dirigida a postos de lançamento do Hamas e à infraestrutura militante subterrânea do grupo palestiniana com vista a "frustrar um ataque iminente".
Antigo líder do Hamas diz que ataque levou Israel à estaca zero
O ataque de 7 de outubro levou Israel ao "ponto de partida", declarou hoje um alto responsável do grupo Hamas, quando se assinala um ano dos massacres do movimento islamita palestiniano em território israelita.
"A 'inundação de Al-Aqsa' levou o ocupante ao ponto de partida e ameaçou a sua existência", disse Khaled Meshaal, antigo líder do Hamas, ao canal Al-Arabiya, utilizando o nome dado pelo movimento islamita palestiniano a este ataque sem precedentes em solo israelita.
Para Meshaal, o ataque foi "uma resposta natural à ocupação e aos seus projetos acelerados de colonato, cerco e agressão contra Al-Aqsa", em referência à Esplanada das Mesquitas, na cidade velha de Jerusalém.
Meshaal acusou ainda Israel de ameaçar o Egito e a Jordânia, apesar dos tratados de paz que puseram fim ao estado de guerra entre Israel e os dois países árabes vizinhos em 1979 e 1994.
"O inimigo quer que todos na região lhe seja submissa e fá-lo mesmo contra os países que não o combatem", disse, afirmando que Israel "ataca a segurança nacional árabe e islâmica em todo o lado.
Há um ano, militantes liderados pelo Hamas abriram buracos na barreira de segurança de Israel e invadiram bases militares e comunidades agrícolas próximas, num ataque surpresa que provocou a morte de cerca de 1200 pessoas, a maioria das quais civis, e que incluiu o rapto de outras 250.
O Hamas ainda mantém detidas quase 100 desses reféns, um terço dos quais acredita-se estar morto.
Israel está agora em guerra com o Hamas em Gaza e com o seu aliado Hezbollah no Líbano e já ameaçou atacar o Irão em resposta a um ataque com mísseis balísticos contra Israel na semana passada.