
As autoridades da Síria disseram, esta quinta-feira, lamentar a demissão de Kofi Annan da mediação internacional do conflito no país, indica um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio.
O comunicado acusa os "estados que procuram desestabilizar a Síria" de ter "colocado entraves" à missão de Annan, numa alusão ao ocidente, à Turquia e aos países do Golfo que criticam o regime de Bashar al-Assad.
"A Síria sempre demonstrou que está totalmente empenhada no plano", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros, referindo-se ao plano de paz apresentado por Annan em abril e que nunca foi aplicado.
Damasco tem "o compromisso de lutar contra o terrorismo com o objetivo de restabelecer a segurança e a estabilidade e proteger os cidadãos", de acordo com o comunicado.
A Síria "continua a acreditar que o único meio de sair da crise é o diálogo nacional e a reconciliação, sem qualquer intervenção estrangeira", acrescenta o texto.
A demissão de Annan foi anunciada, esta quinta-feira, pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Annan informou a ONU e a Liga Árabe "da sua intenção de não renovar o mandato que expira a 31 de agosto de 2012", indicou Ban Ki-moon em comunicado.
