Os 22 emissores de alerta instalados no mar, no oeste da Indonésia, não funcionaram na quarta-feira quando ocorreu um violento sismo. Autoridades indonésias falam em "atos de vandalismo".
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Este sistema de deteção e aviso foi instalado após o maremoto de 2014 ao largo da ilha de Sumatra.
Na quarta-feira, o sismo de magnitude 7,8, cujo epicentro se situou no oceano Índico, abalou a ilha de Sumatra, provocando cenas de pânico entre os residentes e um alerta de tsunami, levantado algumas horas mais tarde.
As autoridades não registaram vítimas ou danos nas zonas afetadas. Uma série de réplicas foi sentida na ilha esta quinta-feira, mas as autoridades pediram calma à população.
O procedimento que visa garantir se existe ou não tsunami foi interrompido devido à ausência dos 22 sensores e emissores no mar, instalados pela Indonésia, explicou a agência para as catástrofes naturais do país.
Se o alerta inicial foi corretamente desencadeado, os emissores, que permitem detetar as alterações no movimento da água e transmitir dados aos serviços competentes, não funcionaram para assinalar que as ondas potencialmente destruidoras não se formaram e as autoridades demoraram cerca de três horas a suspender o aviso de tsunami.
"Os emissores foram vandalizados e não há orçamento suficiente para reparações", disse aos jornalistas o porta-voz da agência, Sutopo Purwo Nugroho. "Esta situação torna difícil confirmar se um tsunami ocorreu, ou não", acrescentou.
Os emissores integram um sistema de aviso sofisticado criado após o maremoto de 2014, com a ajuda de doadores estrangeiros, orçado em vários milhões de dólares.
Em 2014, um sismo submarino, a noroeste da Indonésia, originou uma onda gigantesca que causou mais de 170 mil mortos em território indonésio e dezenas de milhares em vários outros países da região.