O presidente chinês, Xi Jiping, admitiu este sábado que a China enfrenta uma "situação grave" devido à "propagação acelerada" do novo coronavírus, mas assegurou que o país pode "vencer a batalha" contra o vírus.
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"Face à situação grave de uma epidemia que se acelera [...] é necessário reforçar a direção centralizada e unificada do comité central do partido", disse Xi, que presidiu este sábado a uma reunião do politburo, o órgão de sete membros que dirige o país, consagrada à emergência de saúde provocada pelo coronavírus.
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O vírus já matou 41 pessoas na China e infetou mais de 1300 em vários países. O número de mortos aumentou depois de 15 pessoas terem morrido na província de Hubei. Uma das vítimas mortais era um dos médicos do Hospital de Wuhan.
"A China pode vencer a batalha", assegurou o presidente.
O novo tipo de coronavírus surgiu no mês passado na cidade de Wuhan (centro) e propagou-se a outras cidades e países.
Além do território chinês, foram confirmados casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos, Malásia, França e Austrália.
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Ao longo dos últimos dias, as autoridades chinesas proibiram as entradas e saídas de Wuhan e várias cidades na região, afetando mais de 50 milhões de chineses, e, hoje, decretaram que apenas veículos de emergência podem circular na cidade onde teve origem o surto.
Também em Wuhan começou a ser construído um novo hospital, com capacidade para 1300 pacientes, que estará concluído em duas semanas, e foi anunciado o envio de equipas de médicos militares especialistas para a província de Hubei, onde se localiza Wuhan.
Suspensas viagens organizadas na China e ao exterior
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O Governo chinês vai suspender as viagens organizadas na China e ao estrangeiro em resposta à epidemia de pneumonia virar que já matou 41 pessoas no país e atingiu outros continentes, anunciou este sábado a televisão pública.
A partir de segunda-feira, as agências de viagens chinesas não poderão mais vender reservas de hotel nem viagens em grupo, segundo o canal de televisão CCTV.
As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena 13 cidades.