Chefe da diplomacia da UE diz que envenenamento de ex-expião russo é "inaceitável"
A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, disse hoje que o envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal, no sul de Inglaterra, é "inaceitável" e expressou "solidariedade" para com o Reino Unido.
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"O que é absolutamente claro é a nossa total solidariedade com o Reino Unido e a nossa extrema preocupação com o que aconteceu, que é realmente inaceitável", afirmou a responsável italiana após a sua chegada à reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 que se realiza esta segunda-feira em Bruxelas.
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Questionada sobre a possibilidade de a UE impor sanções à Rússia, Mogherini disse que os ministros vão ouvir o ministro britânico, Boris Johnson, e manifestou a sua esperança de que, durante a manhã, seja tornada pública uma "posição conjunta".
Londres tem "evidências" de que a Rússia "desenvolveu e armazenou" o Novichok, o agente nervoso usado para envenenar o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia, disse o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, no domingo.
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Em entrevista à BBC, Johnson disse que, nos últimos dez dias, o seu país reuniu provas de que "a Rússia não apenas investigou a entrega de agentes nervosos para o assassinato, mas também que criou e armazenou Novichok ".
O político confirmou, além disso, que um grupo de especialistas da Organização Internacional para a Proibição de Armas Químicas - um órgão regulador - vai deslocar-se hoje a Salisbury para realizar testes à toxina.
Este componente químico foi usado no passado dia 04 para envenenar Sergei Skripal e sua filha, Yulia. A primeira-ministra britânica, Theresa May, culpa o Kremlin pelo ocorrido, tendo sido desencadeada uma crise política e diplomática entre ambos os países