Pelo menos 19 pessoas, incluindo quatro crianças, morreram na sequência da vaga de ataques russos que visaram a capital ucraniana, Kiev, durante a noite passada, indicou esta quinta-feira um novo balanço das autoridades locais.
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Um balanço anterior dos ataques dava conta de 17 mortos e de quase 50 feridos.
Os ataques, que envolveram mísseis e drones, danificaram cerca de uma centena de edifícios na capital ucraniana, incluindo as instalações da embaixada da União Europeia (UE) e do British Council.
O governador de Kiev, Timur Tkachenko, indicou numa mensagem divulgada na plataforma Telegram que cerca de dez pessoas continuam debaixo dos escombros.
No total, a Rússia lançou 598 drones e 31 mísseis de diferentes tipos em todo o país, de acordo com a Força Aérea da Ucrânia.
O ataque que provocou mais vítimas na capital ucraniana desde 2022 ocorreu em julho passado, em que foram mortas 31 pessoas e 171 ficaram feridas.
Em reação aos ataques, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou que se trata de "um assassinato horrível e deliberado de civis" e acusou Moscovo de preferir "continuar a matar" em vez de negociar a paz.
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Já o Ministério da Defesa russo afirmou que o ataque foi executado com "armas de longo alcance e de alta precisão", incluindo mísseis hipersónicos Kinzhal e drones, contra "empresas do complexo militar-industrial e bases aéreas na Ucrânia".
"Os objetivos foram atingidos. Todos os alvos designados foram atingidos", acrescentou o ministério, sem comentar os relatos de vítimas civis.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Não se pode ser ingénuo com Moscovo
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, considerou que os ataques russos a Kiev, na madrugada de hoje, mostram "mais uma vez" que não se pode ser "ingénuo em relação à Rússia".
"Os ataques terríveis da noite passada em Kiev, que mataram tantos civis inocentes, mostram mais uma vez que não podemos ser ingénuos em relação à Rússia", disse o secretário-geral da Aliança Atlântica, através da rede social X.
"Devemos garantir que a Ucrânia tem o que precisa para se defender e garantir uma paz duradoura", salientou.
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Pelo menos 19 pessoas morreram e quase 50 ficaram feridas nos ataques russos que visaram na madrugada de hoje a capital da Ucrânia, de acordo com as autoridades ucranianas.
Os ataques, que envolveram mísseis e drones, danificaram cerca de uma centena de edifícios, incluindo as instalações da embaixada da União Europeia (UE) e da organização cultural britânica British Council.
União Europeia, ONU e vários países ocidentais, incluindo Portugal, condenaram os bombardeamentos.