O furacão 'Sandy' matou 48 pessoas à sua passagem pelos EUA, incluindo 18 em Nova Iorque, a maioria devido a árvores que caíram, noticiaram as agências internacionais, que reportam 8,2 milhões de casas e empresas sem eletricidade.
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A maioria, incluindo um rapaz de oito anos, morreu na sequência da queda de árvores. No Canadá, onde o Sandy deverá fazer-se sentir nos próximos três dias, uma mulher morreu ao ser atingida por destroços arrastados pelo vento, segundo as autoridades de Toronto.
"Foi uma tempestade devastadora, talvez a pior que assistimos", disse, citado pela agência AP, o presidente do município de Nova Iorque, Michael Bloomberg.
Estado de "grande catástrofe"
Barack Obama decretou estado de "grande catástrofe" nos Estados de Nova Iorque e Nova Jérsia. A decisão do presidente "permite disponibilizar os fundos federais para as pessoas afetadas pelo furacão nas zonas do Bronx, Kings, Nassau, Nova Iorque, Richmond, Suffolk e de Queens", explicou a Casa Branca.
O estado de catástrofe, decretado também para o Estado de Nova Jérsia, prevê ajuda especial para alojamento temporário e reparações de estruturas afetadas pelo furacão, adiantou a Casa Branca.
Mais de oito milhões de casas sem eletricidade
Mais de oito milhões de casas estavam, esta terça-feira, sem eletricidade nos 18 estados do nordeste dos Estados Unidos e na capital, Washington, devido à passagem do furacão "Sandy".
"Às 09.00 horas (13.00 horas em Portugal continental), os estados afetados registavam 8.114.433 clientes sem corrente elétrica", disse o Departamento de Energia em comunicado, precisando que o estado mais afetado era o de Nova Jérsia, a 'porta de entrada' da tempestade no continente norte-americano, na segunda-feira à noite.
Só naquele estado havia 2,5 milhões de lares sem luz, enquanto em Nova Iorque são dois milhões os clientes às escuras e na Pensilvânia 1,3 milhões. Seguem-se o Connecticut (626 mil), Maryland (311 mil) e o Massachusetts (298 mil).
A capital norte-americana, Washington, onde 220 mil casas sofreram cortes de energia na segunda-feira à noite, tinha praticamente voltado à normalidade, com apenas 3583 casas ainda privadas de luz.
O "pior desastre" do transporte público em Nova Iorque
Os túneis e o metro de Nova Iorque ficaram inundados devido à elevação das águas do mar causadas por Sandy. Ainda não se sabe quando o metro voltará a funcionar, enquanto não é certo se poderão circular, esta terça-feira, os 5600 autocarros da Big Apple.
O transporte público de Nova Iorque "nunca enfrentou um desastre tão devastador" em 108 anos de existência, afirmou, esta terça-feira, o presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes, Joseph Lhota.
A tempestade passou por áreas de elevada densidade populacional, onde vivem cerca de 50 milhões de pessoas, deixando um rasto de devastação. As chuvas torrenciais, os ventos fortes e a subida das águas provocaram inundações repentinas e transbordo de rios.
Esta terça-feira de manhã, a velocidade do vento havia caído para 105 km /h, quando o furacão Sandy tocou a a terra.
Às 5 horas locais (9 em Portugal continental), o centro da tempestade estava localizado 145 km a oeste de Filadélfia (Pensilvânia) e avançou para o oeste.
Antes de tocar terra, o Sandy acusava ventos de cerca de 150 km/h. A passagem do Sandy pelas Caraíbas causou 67 mortos, antes de atingir os Estados Unidos.