O número de mortos por cólera em Moçambique subiu para oito, anunciou na quinta-feira o Governo, num balanço atualizado sobre os efeitos na saúde da passagem do ciclone Idai pelo país.
Corpo do artigo
De acordo com um comunicado do Ministério da Saúde moçambicano, entre 27 de março e as 7 horas de quinta-feira, foram registados oito óbitos por cólera, metade dos quais no distrito da Beira, um dos mais afetados pelo ciclone.
Os restantes mortos verificaram-se nos distritos de Dondo e Nhamatanda, cada um com dois óbitos.
Na Beira, onde houve mais casos de cólera, a maioria dos doentes já teve alta das unidades de saúde - 3385 de um total de 3407.
A campanha de vacinação contra a cólera, que decorreu entre 3 e 9 de abril na cidade da Beira e nos distritos de Dondo, Nhamatanda e Buzi, teve uma taxa de cobertura de 98,6 por cento, correspondente a 803.125 pessoas vacinadas, o que superou "a meta preconizada pela Organização Mundial de Saúde" em situação de surto, que "é vacinar no mínimo 80 por cento da população-alvo" para "bloquear a transmissão" da doença.
A vacina cria imunidade aproximadamente uma semana após ter sido tomada e bloqueia a transmissão ao nível do trato gastrointestinal.
A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, é tratável, mas pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida. É causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados.