Um militar britânico foi morto perto de um quartel no sudeste de Londres, por dois indivíduos, num ataque que o primeiro-ministro, David Cameron, classificou como "manifestamente terrorista". Os dois agressores foram baleados pela polícia e hospitalizados. O Comando de Contraterrorismo vai liderar a investigação.
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Um soldado britânico foi morto e os dois agressores foram baleados pela polícia em Woolwich, sudeste de Londres, tendo sido hospitalizados.
O incidente ocorreu à luz do dia, numa rua situada a cerca de 200 metros do quartel da Artiharia Real, em Woolwich, uma divisão administrativa situada no sudeste londrino. A polícia foi chamada às 14.20 horas de quarta-feira, com relatos de que um homem estava a ser atacado por outros dois indivíduos.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, classificou o ataque como "manifestamente terrorista".
Segundo a Imprensa britânica, há indicação de que os agressores tentaram decapitá-lo, tendo entoado mensagens de cariz político.
"A única razão pela qual matámos este homem é porque há muçulmanos a morrer diariamente. Temos de combatê-los como eles nos combatem. Olho por olho, dente por dente", declarou um homem com um casaco cinzento de capuz, exibindo uma faca de maiores dimensões (machete) e um cutelo entre as mãos ensanguentadas, segundo imagens divulgadas pela ITV.
"Peço desculpa por mulheres terem de assistir a isto hoje, mas na nossa terra as nossas mulheres têm de ver o mesmo. Nunca estarão a salvo. Derrubem o governo, ele não quer saber de vocês", acrescentou, ainda segundo a ITV.
Uma testemunha, indentificada como James, disse que dois homens atacarm outro, que aparentava ter cerca de 20 anos. "Os dois homens pareciam loucos. Arrastaram [a vítima] pelo chão e largaram o corpo no meio da estrada", acrescentou.
Após o "horrorendo ataque", relatou James, os dois homens, também com cerca de 20 anos, permaneceram no local, exibindo facas e uma arma, pedindo a quem estava presente para os fotografar, demonstrando intenção de serem vistos e divulgados.
A segurança na zona foi de imediato reforçada após o ataque. Helicópteros sobrevoaram o local e a polícia fechou as estradas próximas.
Isto "acontecer no centro de uma cidade movimentada, é realmente chocante e traumatizante para todos, todos os moradores locais", declarou uma testemunha à Reuters.
O governo britânico convocou uma reunião de emergência dos serviços de segurança, o que acontece quando há implicações para a segurança nacional. Durante a noite, a polícia britânica anunciou ter aberto uma investigação de homicídio, a ser liderada pelo Comando de Contraterrorismo.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que devia pernoitar em Paris após um encontro com o presidente francês François Hollande, antecipou o regresso a Londres.
"Este é um ataque repugnante e bárbaro", declarou a secretária do Interior Theresa May, em comunicado.
No Twitter, o autarca de Londres, Boris Johnson, classificou o ataque como "um repugnante e imperdoável ato de violência".