
Denis Alex está sequestrado por islamitas na Somália desde 2009
AFP
Os rebeldes islamitas somalis afirmaram este sábado que o refém francês, que sequestraram em 2009, está vivo, depois do fracasso de uma operação militar francesa para o libertar, em que morreu um soldado francês e outro, que tinha sido dado inicialmente como morto, está considerado como desaparecido.
O ministério da Defesa francês tinha já anunciado o fracasso da operação para libertar o refém francês no sul da Somália, mas indicou que o sequestrado Denis Alex, agente dos serviços secretos franceses, tinha sido morto "pelos seus carcereiros".
Num comunicado enviado à agência noticiosa francesa AFP, os "shebab" acrescentam que vão julgar o refém, sequestrado na Somália desde julho de 2009, "dentro de dois dias".
Os rebeldes disseram também ter detido "um soldado francês ferido" na operação e referiram que os comandos franceses levaram "vários combatentes", mortos ou feridos nos combates, de acordo com o mesmo comunicado.
Inicialmente, as autoridades francesas tinham avançado que na operação tinham perecido dois soldados franceses e "17 terroristas". Esta manhã, o ministério da Defesa francês corrigiu essa informação: apenas um dos soldados morreu e o outro está dado como desaparecido.
Continuam, no entanto, as dúvidas sobre o paradeiro de Denis Alex. As autoridades francesas afirmam que também terá morrido durante esta tentativa de resgate, mas os islamistas garantem que continua vivo e em local longe da zona onde aconteceu a operação militar.
Denis Alex é um dos nove franceses sequestrados no estrangeiro, todos no continente africano. Pelo menos seis são reféns da Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQMI) no Sahel.
Os "shebab" perderam todos os principais bastiões no sul e no centro da Somália, na sequência de uma ofensiva desencadeada há um ano e meio por uma força da União Africana (Amisom), reforçada com um contigente queniano, um corpo expedicionário etíope e por elementos do exército somali.
Os rebeldes islamitas controlam ainda algumas zonas rurais no sul e centro do país.
