Bradley Manning, o soldado norte-americano acusado de transmitir vários milhares de documentos secretos ao portal WikiLeaks, foi considerado culpado pela justiça militar de violar a Lei de Espionagem, mas não de "conluio com o inimigo".
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Manning, de 25 anos, foi considerado culpado de violar a Lei de Espionagem, criada em 1917 para julgar espiões e traidores, por ter transmitido dados relativos às guerras do Iraque e do Afeganistão e milhares de documentos diplomáticos norte-americanos.
A sentença será conhecida nos próximos dias.
Segundo os termos do veredicto lido pela juíza Denise Lind, Bradley Manning incorre de uma pena de 154 anos de prisão após ter sido reconhecido culpado de várias acusações relacionadas com a violação da legislação sobre espionagem.
O jovem reconheceu ter extraviado 700.000 documentos militares e diplomáticos classificados -- de seguida colocados em linha no sítio na internet criado por Julian Assange -- mas declarou-se não culpado das restantes acusações, incluindo a mais grave, que sugeria que teria ajudado intencionalmente a organização islamita radical Al-Qaida.
A par da acusação de conluio com o inimigo, Manning enfrentava outras 21 atas de acusação. O detido aceitou declarar-se culpado por dez das acusações, que implicavam um total de 20 anos de prisão.