Sonda da NASA sobreviveu à maior aproximação ao Sol e enviou mensagem para a Terra
A sonda Parker da NASA, que concretizou a maior aproximação ao Sol de sempre, resistiu às altas temperaturas e à radiação extrema, enviando, na quinta-feira, um sinal à agência espacial que confirma o sucesso da missão.
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Os cientistas da NASA receberam o sinal pelas 21 horas (de Portugal continental) de quinta-feira.
A viagem, que bateu o recorde de aproximação ao sol, foi feita por uma sonda que se deslocou mais depressa do que qualquer outro objeto feito pelo Homem, voando a cerca de 692 mil quilómetros por hora, o que equivale a voar de Londres a Nova Iorque em menos de 30 segundos. Essa velocidade deveu-se à enorme atração gravitacional que sentiu ao chegar perto do Sol.
Lançada em 2018, a sonda Parker passou pelo Sol 21 vezes, aproximando-se dele gradualmente, mas, este ano, na véspera de Natal, foi batido o recorde, com uma aproximação de 6,1 milhões de quilómeeros da superfície da estrela, suportando temperaturas de 1.400° C.
A sonda passou por temperaturas brutais e radiação extrema, para melhorar os conhecimentos científicos que existem sobre o astro-rei. "Este estudo perto do Sol permite que se façam medições que ajudam os cientistas a entender melhor como o material nesta estrela é aquecido a milhões de graus, monitorizar a origem do vento solar e descobrir como as partículas energéticas são aceleradas até quase a velocidade da luz", disse a NASA.
"Este é um exemplo das missões ousadas da NASA, realizando algo que nunca ninguém fez antes para responder a questões de longa data sobre o nosso universo", destacou o cientista do programa, Arik Posner, em comunicado, antes de ter chegado à Terra a prova de que a sonda sobreviveu.