A cadeia norte-americana de cafés Starbucks está a pedir aos clientes armados que deixem as suas armas à porta. O pedido surge depois de, na passada segunda-feira, um tiroteio ter vitimado 13 pessoas, em Washington.
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Com um surto de tiroteios em escolas e outros locais públicos, alguns Estados norte-americanos autorizam as pessoas a transportar armas licenciadas livremente.
A Starbucks tem-se visto arrastada para o conturbado debate sobre a necessidade de leis mais duras de controlo de armas nos Estados Unidos, porque discorda da legislação sobre liberdade de porte de armas.
Tal levou opositores a leis mais rígidas sobre armas a encenar os chamados "Starbucks Appreciation Days" em alguns dos seus cafés.
Num comunicado emitido na passada terça-feira, o administrador executivo da Starbucks, Howard Schultz, referiu que a cadeia de cafés conhecida em todo o mundo "não quer esses eventos nas suas lojas".
Howard Schultz disse que os ativistas anti-armas também têm "engrenado na retórica e na fricção" ao importunar e confrontar clientes e funcionários e que a Starbucks se encontra, assim, involuntariamente, no meio do debate nacional.
"É por essa razão que escrevo, com um respeitoso pedido aos clientes para que deixem de trazer armas de fogo para dentro das nossas lojas ou áreas exteriores de esplanada", escreveu o administrador executivo da Starbucks.
O pedido estende-se inclusive em estados nos quais as a legislação permite o transporte livre de armas.
O patrão da Starbucks ressalva, no entanto, que esta não se trata numa proibição aberta já que a empresa não quer vedar a entrada a "proprietários de armas responsáveis", dando-lhes a oportunidade de honrarem o pedido, e porque a proibição poderia obrigar os funcionários a possíveis confrontos com clientes armados.
Além disso, "não podemos satisfazer toda a gente", escreveu Schultz, acrescentando que as assembleias legislativas são o local certo para o debate, não os cafés Starbucks".
Para o administrador, as pessoas que apoiam o uso de armas devem compreender que os cafés da Starbucks "são locais onde toda a gente deveria sentir-se descontraída e confortável".
"A presença de uma arma nas nossas lojas é inquietante e perturbadora para muitos dos nossos clientes", defendeu.
