O governo do Nepal está a ponderar impedir pessoas com menos de 18 e mais de 75 anos de subirem ao Monte Everest.
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A subida ao pico mais alto do mundo poderá estar restringida a pessoas com idades entre 18 e 75 anos e que não tenham qualquer deficiência grave.
"Escalar o Everest não é nenhuma brincadeira... não é uma questão de discriminação", disse Govinda Karki, chefe do Departamento de Turismo. "Como consegues escalar sem pernas? Alguém terá de te carregar. Queremos que as montanhas sejam mais seguras para todos, por isso temos de insistir em algumas regras."
O Ministério do Turismo também está a considerar exigir experiência de montanhismo a todos os que quiserem escalar os 8848 metros do pico mais alto do mundo: os alpinistas deverão já ter escalado montanhas com pelo menos 6500 metros de altitude.
"Achamos que não devemos emitir licenças a pessoas que não conseguem ver ou andar, ou que não tenham braços", referiu ainda Karki à agência de notícias "AFP", citado pelo "BBC".
Ao longo dos anos, várias pessoas tentaram subir o Everest para superarem as suas deficiências.
O alpinista japonês Nobukazu Kuriki, que já tinha perdido nove dedos por congelamento, tentou, na semana passada, escalar a montanha, mas acabou por desistir.
Em 2001, Erik Weihenmayer tornou-se a primeira pessoa cega a alcançar o topo do Everest e, em 2006, o neozelandês Mark Inglis tornou-se pioneiro a conquistar a montanha sem pernas.
A pessoa mais jovem a escalar o Monte Everest tinha 13 anos e a mais velha 80.
Segundo o jornal britânico "BBC", o Nepal ganha anualmente milhões de dólares com a indústria associada ao Everesst.