Submarino nuclear dos EUA visita Coreia do Sul pela primeira vez em quatro décadas
Um submarino nuclear norte-americano está a fazer escala num porto sul-coreano pela primeira vez em quatro décadas, anunciou, esta terça-feira, uma autoridade da Casa Branca.
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As relações entre as duas Coreias estão num dos pontos mais baixos de sempre, com a diplomacia estagnada e o líder norte-coreano Kim Jong-un a pedir maior desenvolvimento de armas, incluindo armas nucleares táticas. Em resposta, Seul e Washington intensificaram a cooperação de defesa, realizando exercícios militares conjuntos com jatos furtivos avançados e ativos estratégicos dos EUA.
Na terça-feira, os dois países realizaram a primeira reunião do Grupo Consultivo Nuclear (NCG) em Seul, que visa melhorar a coordenação nuclear entre os dois aliados e aumentar a prontidão militar contra a Coreia do Norte. "Enquanto falamos, um submarino nuclear americano está a chegar ao porto de Busan hoje, a primeira visita de um submarino nuclear americano em décadas", disse Kurt Campbell, coordenador do Indo-Pacífico da Casa Branca, em declarações a jornalistas após a reunião.
A última vez que Washington enviou um dos seus submarinos com capacidade nuclear para a Coreia do Sul foi em 1981.
Washington anunciou que enviaria um submarino capaz de lançar mísseis balísticos com ogivas nucleares para a península coreana em abril, enquanto o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol estava em visita de Estado. "O lado dos EUA demonstrou forte determinação de que, caso o Norte ataque o Sul com armas nucleares, enfrentará contra-medidas imediatas, esmagadoras e decisivas, levando ao fim do seu regime", disse Kim Tae-hyo, conselheiro de segurança nacional que co-presidiu a reunião com Campbell.
Kim Yo Jong, a poderosa irmã do líder Kim Jong-un, disse, na segunda-feira, que tais ações apenas "farão com que a [República Popular Democrática da Coreia] se afaste" de possíveis negociações. A Coreia do Norte está "pronta para combater resolutamente qualquer ato de violação da sua soberania", disse Kim Yo Jong, que também descartou as negociações com os EUA como um "devaneio".