A União Europeia iniciou esta sexta-feira as primeiras transferências de refugiados, com cidadãos da Eritreia a serem enviados de Itália para a Suécia. "Uma viagem para a esperança", diz o comissário europeu para as Migrações.
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A Suécia concordou receber 821 refugiados que chegaram a Itália em meados de agosto e 548 que estão em território grego, no âmbito do programa, acordado em 14 de setembro, de recolocação de 40 mil refugiados sírios, iraquianos e eritreus, que se encontram em Itália e na Grécia.
"Não é um número que conta, não é o facto de serem apenas 19 pessoas que embarcam, mas é o ato que conta", defendeu o comissário europeu para as Migrações, Dimitris Avramopoulos, em Roma, numa intervenção para assinalar a transferência de refugiados eritreus de Itália para a Suécia. É uma "viagem para a esperança", sublinhou.
Dimitris Avramopoulos disse, na quinta-feira, que a primeira movimentação de refugiados acontece depois do registo, identificação e recolha de impressões digitais dos refugiados.
O comissário e o ministro dos Negócios Estrangeiros luxemburguês, Jean Asselborn, deslocam-se a Itália para assistir à operação, por se tratar de um evento "simbólico e com caráter substancial".
"Simbólico por ser o princípio, um novo início para o que estamos a fazer no terreno e substancial porque é um resultado tangível do que começámos a fazer", afirmou.
Avramopoulos vai igualmente deslocar-se à Grécia para garantir que haverá proximamente um procedimento semelhante para refugiados registados no país.
O regresso de quem não tem direito a pedir asilo "é o outro lado da moeda", considerou o responsável pela pasta das migrações, informando estarem a ser organizados este mês cerca de 10 voos de repatriação.
O grego informou que esta sexta-feira serão operados dois voos, um de Roma para Tunísia e outro da Catânia para o Egipto, com um total de 63 pessoas a bordo.