Uma mulher que está a ser julgada na Nova Zelândia admitiu ter matado os filhos, que mais tarde foram encontrados em malas, mostraram registos judiciais esta sexta-feira, embora a defesa da mãe tenha alegado que não é culpada por motivos de insanidade.
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A sul-coreana Hakyung Lee "aceitou que deu nortriptilina aos filhos, o que levou à morte deles", disse a procuradora estadual Natalie Walker esta semana, referindo-se a um antidepressivo comum.
A polícia acredita que Lee matou os filhos (Minu Jo, de seis anos, e Yuna Jo, de oito) em junho ou julho de 2018, um ano após a morte do marido, e depois regressou à Coreia do Sul. Os corpos das crianças foram encontrados num depósito abandonado por uma família de Auckland mais de quatro anos depois. Lee foi extraditada da Coreia do Sul em novembro de 2022 a pedido da polícia da Nova Zelândia.
Durante o interrogatório no tribunal, no entanto, o patologista Simon Stables disse que era difícil concluir que o antidepressivo foi a única causa da morte das crianças, dado o avançado estado de decomposição quando os corpos foram descobertos. "Podemos argumentar que é a causa da morte ou podemos dizer que está em combinação com outra coisa", disse ao tribunal. "Também poderia ter subjugado a criança", acrescentou.
As crianças foram encontradas em malas separadas, embrulhadas em plástico, disse ao tribunal um polícia que investigou o caso pela primeira vez.
Na terça-feira, a advogada de defesa Lorraine Smith disse ao tribunal que Lee "não era culpada de assassinato por insanidade", de acordo com a emissora nacional australiana "ABC". Smith argumentou que a morte do marido em 2017 a colocou numa espiral depressiva. A certa altura, Lee pensou que seria melhor se toda a família tomasse antidepressivos e morresse, disse Smith. Porém, Lee errou na dose e, quando acordou, as crianças estavam mortas.
O julgamento deve durar quatro semanas.