O Estado de Guerrero, no México, viveu, esta terça-feira, o segundo dia de protestos de moradores, que mantêm reféns 13 funcionários públicos e bloquearam uma das estradas mais importante do país, que liga a Cidade do México a Acapulco.
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Os distúrbios que começaram na segunda-feira em Chilpancingo, capital de Guerrero, continuaram hoje devido à mobilização organizada pelo grupo criminoso Los Ardillos após a prisão de dois líderes deste grupo, conforme confirmado pelo Governo do México esta manhã.
A atividade económica e de serviços continuou hoje paralisada no estado, conhecido por ser um dos que tem maior presença de crime organizado.
O bloqueio foi reativado esta manhã com moradores e veículos estacionados na via.
Duas horas depois, um grupo com um veículo blindado roubado às autoridades dirigiu-se ao Palácio do Governo Guerrero, chefiado pelo secretário-geral do governo, Ludwig Reynoso Núñez, com o objetivo de dialogar.
Horas antes, a secretária de Segurança do Governo do México, Rosa Icela Rodríguez, reconheceu que estavam detidos cinco membros da Guarda Nacional, cinco da polícia estadual, dois servidores da Secretaria de Governo do Estado de Guerrero e um funcionário da Secretaria do governo federal.
Segundo o secretário de Segurança, o Governo procura o diálogo, mas Matías Marrón alertou que "não há pressa" e que já existe comunicação para que cheguem mais moradores para apoiar os protestos.
Enquanto isso, o secretário de Educação de Guerrero recomendou a suspensão das aulas e o fim dos cursos escolares até que o conflito seja resolvido.
Os protestos começaram na semana passada após a prisão de dois transportadores que estavam ligados a um processo da Procuradoria-Geral da República por porte de armas e drogas, e que segundo as autoridades é o pano de fundo das mobilizações.
O caos em Guerrero reflete uma onda de violência no sul do México, onde criminosos sequestraram um grupo de 16 funcionários do Ministério de Segurança Pública do estado de Chiapas em 27 de junho, embora tenham sido libertados dias depois.