Cinco pessoas morreram, na Europa, após terem sofrido uma infeção bacteriana conhecida como "febre do papagaio". Áustria, Dinamarca, Alemanha, Suécia e Países Baixos verificaram, em fevereiro, um aumento do número de casos.
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A "febre do papagaio" é uma infeção respiratória causada pela 'Chlamydophila psittaci' (C. psittaci), "uma bactéria que infeta frequentemente as aves", explicou a OMS na terça-feira, em comunicado. As infeções em humanos ocorrem, principalmente, "através do contacto com secreções de aves infetadas".
A maior parte das pessoas diagnosticadas com a infeção trabalha com aves de companhia ou são "trabalhadores avícolas, veterinários, proprietários de aves de companhia e jardineiros", em áreas onde a C. psittaci é mais comum, lê-se ainda na nota da organização.
A bactéria está associada a mais de 450 espécies de aves e já foi encontrada em várias espécies de mamíferos, incluindo cães, gatos, cavalos, suínos e répteis. No entanto, as aves, nomeadamente as de companhia, estão mais associadas aos casos em humanos.
A transmissão da doença aos seres humanos ocorre através da "inalação de partículas transportadas pelo ar provenientes de secreções respiratórias, fezes secas ou pó de penas. Não é necessário o contacto direto com as aves para que a infeção ocorra", relata a OMS.
Sintomas da doença
A "febre do papagaio", na maior parte das pessoas, apresenta-se como uma infeção ligeira. Os sintomas, que geralmente se começam a sentir entre cinco a 14 dias após a exposição à bactéria, incluem febre e arrepios, dores de cabeça, dores musculares e tosse seca. O tratamento imediato com antibióticos é eficaz e permite evitar complicações como a pneumonia. Com um tratamento adequado, a doença raramente resulta em morte.
Não obstante, alguns casos registados na Europa incluiram pneumonia e resultaram em hospitalização, tendo sido também registadas cinco mortes.
Os países visados pelo aumento de casos da infeção estão a realizar investigações para identificar potenciais exposições à bactéria. "A Organização Mundial de Saúde continua a monitorizar a situação e, com base na informação disponível, avalia o risco colocado por este evento como baixo", refere o comunicado.