O presidente do grupo italiano de aeronáutica Finmeccanica, Pier Francesco Guarguaglini, que se demitiu, na quinta-feira, na sequência de um escândalo de corrupção, recebeu uma indemnização de 5,5 milhões de euros.
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Pier Francesco Guarguaglini deverá também receber 1,5 milhões de euros por assinar um "pacto de não concorrência" que o impede de exercer, durante um ano, qualquer actividade no sector da defesa ou em empresas que "possam ser concorrentes da Finmeccanica" na Europa, Ásia e Estados Unidos.
Pier Francesco Guarguaglini foi envolvido, há cerca de um ano, num escândalo na sequência da abertura de um inquérito por suspeita de corrupção e fraude, tendo, no passado dia 19 de Novembro, sido detidas três pessoas, incluindo Manlio Fiore, diretor da Selex, subsidiária do grupo liderada pela sua mulher, e e Guido Pugliesi, chefe da autoridade de aviação Enav.
Em Novembro, a Finmeccanica reviu em baixa as estimativas para o volume de negócios para este ano, estimando prejuízos de 200 milhões de euros, após impostos e amortizações.
O líder italiano na área da defesa, que suspende o pagamento de dividendos em 2011, é penalizado pelos cortes nos orçamentos da defesa, pela mudança de regime na Líbia e a situação económica italiana.