O suspeito do atentado que vitimou uma polícia municipal, quinta-feira de manhã em Paris, e que fez cinco reféns, esta sexta-feira, é um homem próximo dos irmãos Kouachi, que na quarta-feira mataram 12 pessoas num ataque à redação do "Charlie Hebdo".
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O homem foi identificado como Amedy Coulibaly, de 32 anos. Era procurado juntamente com a companheira, Hayat Boumeddiene, cujo paradeiro é desconhecido.
Amedy Coulibaly faz parte da mesma fileira jiadista a que pertenciam os irmãos Kouachi, mortos pela polícia num ataque ao edifício comercial em que se haviam refugiado, esta sexta-feira de manhã, em Dammartin-en-Goële, a norte de Paris.
Amedy Coulibaly foi condenado a cinco anos de prisão, em dezembro de 2013, por participar num golpe para libertar o radical islamita Smaïn Aït-Belkacem, um antigo membro do Grupo Islâmico Argelino armado, condenado em 2002 a prisão perpétua pelo atentado à estação do Museu d'Orsay, em otubro de 1995, em Paris.
Hayat Boumeddiene, de 26 anos, foi ouvida na altura, durante o julgamento da fuga, como companheira de Coulibaly.
Chérif Kalouchi foi também suspeito nesse processo, esteve detido durante três meses, ao abrigo das rígidas leis anti-terroristas de França, mas acabu por ser libertado, por falta de provas.
Os investigadores acreditam que o irmão mais velho, Said, também esteve envolvido no esquema, mas também não conseguiram reunir qualquer evidência disso.
Amedy era suspeito de ter disparado sobre dois agentes municipais, quinta-feira de manhã, na sequência de um acidente de viação na cidade de Malakoff, no sul de Paris, informou a France Info, citando fontes policiais.
Uma correspondente desta emissora de rádio que estava no local do incidente, a poucos metros da Porte de Chatillon de Paris, explicou que várias testemunhas deram conta de um acidente de viação pelas 7.15 horas (6.15 em Portugal continental) de quinta-feira, menos de 24 horas após o atentado à redação do Charlie Hebdo.
Quando os agentes municipais chegaram ao local, Amedy disparou duas vezes, atingindo a polícia e o funcionário municipal, e fugiu. A polícia municipal acabaria por morrer, horas depois.