
A detenção do suspeito ocorreu poucas horas depois do ataque, na sua casa, em Sarcelles
Foto: Yoan Valat/EPA
O Governo francês explicou este sábado que o presumível agressor de três mulheres no metro de Paris, na sexta-feira, já tinha sido condenado por "roubo agravado e agressão sexual", tendo recebido ordem para abandonar o país este ano.
Natural do Mali e "em situação irregular no território" francês, o homem - já conhecido por destruição de bens, sob influência de estupefacientes -, foi preso em janeiro do ano passado por roubo agravado e agressão sexual, "após ter sido condenado judicialmente", revelou o Ministério da Administração Interna, em comunicado.
A polícia francesa deteve na sexta-feira o homem suspeito de ter ferido, sem gravidade, três mulheres com uma faca num comboio da linha 3 do metro de Paris, nas estações de Arts-et-Métiers, République e Opéra, num caso em que a pista privilegiada não é a terrorista, mas sim de ordem psiquiátrica.
A detenção do suspeito ocorreu poucas horas depois dos factos, na sua casa, em Sarcelles, norte da capital francesa.
Após ter cumprido pena entre janeiro de 2024 e julho de 2025, o homem, de 25 anos, tinha uma ordem de saída obrigatória do território francês e foi preso num centro de internamento administrativo.
No entanto, a medida de expulsão, detalhou o ministério, não pôde concretizar-se no prazo de 90 dias previsto na lei por não ter sido obtido um salvo-conduto consular, "face à ausência de um documento de identidade válido".
Devido a esta falha, o suspeito foi libertado, com "prisão domiciliária" e desde então era alvo de um mandado de busca e captura.
Em comunicado enviado à agência EFE, a Procuradoria de Paris explicou que o homem foi identificado "graças às imagens de videovigilância" e à posterior "ativação da geolocalização no seu telemóvel".
De acordo com o diário 'Le Figaro', as três mulheres ficaram feridas sem gravidade, apesar de terem sofrido um forte choque emocional.
