"Swipe Safe". Timor-Leste lança aplicação para mais novos navegarem com segurança na Internet
A organização não-governamental ChildFund e o Governo de Timor-Leste lançaram, esta segunda-feira, a aplicação Swipe Safe, depois de um estudo realizado ter revelado que 50% dos jovens inquiridos tinham tido experiência de abusos online.
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“Dados da pesquisa feita pela ChildFund antes da implementação do projeto mostram que 50% dos inquiridos disseram ter experienciado abuso, 35% relataram que tiveram acesso a pornografia e 32% relataram aproximação de desconhecidos”, disse Alzira dos Reis, diretora nacional da organização não-governamental.
Alzira dos Reis falava em Díli durante a sessão de lançamento da aplicação Swipe Safe, que pretende ser um guia “inteligente e seguro” para as crianças e jovens navegarem na Internet e que inclui dicas, recursos educativos e conteúdos interativos que promovem hábitos digitais positivos.
O lançamento foi feito no âmbito do Dia da Internet Mais Segura, que se assinalou em 11 de fevereiro.
A responsável destacou que a tecnologia digital traz “muitas oportunidades e interesses”, mas também aumenta os riscos e muitos utilizadores não estão conscientes daqueles perigos.
O objetivo da aplicação, explicou Alzira dos Reis, é sensibilizar as crianças e jovens, mas também os pais, para que possam proteger-se e proteger os filhos dos abusos ‘online’.
“Os nossos esforços não se focam apenas em criar comportamentos de proteção entre crianças e pais, mas também integrar a educação para a segurança ‘online’ no currículo nacional. Isso garantirá que seja acessível para crianças e jovens, tanto em ambiente escolar, como fora dele”, salientou Alzira dos Reis.
O ministro da Justiça, Sérgio Hornai, esteve presente na cerimónia e pediu à ChildFund para trabalhar com ministérios e organizações para encontrar forma de ensinar os jovens a fazer um uso correto da internet.
Sérgio Hornai também considerou que o papel dos pais é fundamental para apresentar lições e reflexões positivas aos filhos, porque são o futuro da sociedade e do Estado.
“Se as informações recebidas são erradas, teremos efeitos negativos nas próprias crianças”, concluiu.