A Dinamarca criou uma taxa específica para alimentos com mais gordura. A "fat tax" começa a ser replicada noutros países da Europa, em produtos ricos em açúcar ou cafeína, por exemplo.
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A ideia de taxas extra em produtos não saudáveis está a ganhar adeptos pela Europa. A ideia vem no seguimento de uma lei já aplicada na Dinamarca onde os consumidores pagam um imposto extra sobre os alimentos que contém mais de 2,3% de gordura saturada.
Tudo, desde leite a óleos alimentares, carnes e refeições pré-cozinhadas como pizzas vão ser abrnagidos pela nova taxa. O encaixe financeiro extra vai servir para financiar medidas de combate à obesidade.
Recentemente, a Hungria impôs taxas sobre produtos com elevados níveis de açúcar, sal, hidratos de carbono e cafeína.
Apesar do imposto, os sinais da ofensiva à obesidade não se fazem notar na Dinamarca. Buch Jensen, dinamarquês disse ao "The Guardian" que os dinamarqueses são "grandes adeptos de manteiga".
"Conhecendo os dinamarqueses, isto pode ter o efeito oposto. É como as crianças, quando mais lhe dizemos para não fazerem algo, é quando elas têm mais vontade de o fazer", acrescentou Jensen.
Tam Fry, do Fórum Nacional de Obesidade britânico, esclarece que esta "não é uma questão de sabermos se devemos seguir o exemplo dinamarquês". Para a porta-voz, se não forem tomadas medidas, até 2050 cerca de 70% da população britânica terá peso a mais.
Alguns especialistas defendem, porém, que a gordura é o alvo errado. O sal, o açúcar e os hidratos de carbono refinado é que devim ser enfrentados.
A Grã-Bretanha é o país com maior índice de obesidade da Europa 25,5%.