Mais de 30 imigrantes ilegais entraram, esta terça-feira, em Melilla, enclave espanhol em Marrocos, após terem saltado a cerca de proteção integrados numa tentativa falhada de invasão em massa.
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Os 30 imigrantes foram os mais rápidos dos cerca de 400 imigrantes que tentaram - em vários momentos - passar as cercas de proteção (três estruturas em arame com vários metros de altura e valas no meio), numa zona próxima da fronteira entre Marrocos e Melilla conhecida como Bairro Chinês. Este bairro tem várias casas próximas das cercas, onde os imigrantes se escondem das autoridades antes de tentarem a escalada.
A invasão em massa dos 400 imigrantes foi travada nos últimos momentos devido à ação concertada da Guardia Civil e das autoridades marroquinas. No entanto, os 30 imigrantes que passaram - e que foram conduzidos ao Centro de Permanência Temporal de Imigrantes (CETI) - constituem a maior entrada de ilegais este ano em Melilla.
Outros 15 imigrantes foram surpreendidos pela Guardia Civil espanhola em plena escalada e recusam-se a descer do topo das cercas, a seis metros de altura. Os agentes de segurança colocaram escadas na cerca para facilitar a descida, mas os imigrantes recusam-se a obedecer às ordens.
A tentativa dos imigrantes surge um dia depois de Marrocos ter anunciado a intenção de desmantelar os acampamentos (como o campo de Gurugú) que estão perto da cerca de segurança de Melilla e também de Ceuta. É nestes acampamentos que os imigrantes - muitos provenientes dos Camarões e da Costa do Marfim - esperam o momento certo para tentarem entrar em Espanha.
O anúncio do governo de Marrocos seguiu-se à conclusão da operação extraordinária de regularização de estrangeiros começada por Rabat em 2014, que abarcou 18 mil pessoas (num total de 28 mil pedidos).