A libertação do autor do ataque terrorista de Lockerbie foi, segundo Saif Gaddafi, um acordo estabelecido no âmbito de trocas comerciais entre o Reino Unido e a Líbia.
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O filho do líder do país árabe, coronel Muammar Gaddafi, afirmou hoje, quinta-feira, à imprensa inglesa que vários ministros do governo britânico visitaram o país em Maio e Novembro do ano passado e Fevereiro deste ano, em encontros de negócios nos quais terão sido discutidos os termos da libertação de Abdelbaset al-Megrahi, que então cumpria uma pena de prisão perpétua pelo assassinato de 270 pessoas no ataque ao voo 103 da Pan Am, em 1988.
Al-Megrahi foi libertado na semana passada com base em questões médicas, já que o líbio sofre de cancro na próstata em fase terminal. Mas a falar sobre o caso, o primeiro-ministro Gordon Brown garantiu esta semana que a decisão foi tomada pelas autoridades escocesas sem qualquer influência de Downing Street.
Hoje, o mesmo Brown admitiu que o nome de al-Megrahi foi mencionado durante negociações com o líder libanês, levando os partidos da oposição exigirem explicações sobre as alegações, incluindo a publicação de todos os detalhes de trocas comerciais entre os dois países, nos 15 meses que antecederam a libertação.
De acordo com o jornal "Daily Telegraph", durante esse período os então sub-secretários do comércio, Lord Jones, da saúde, Dawn Primarolo, e dos negócios estrangeiros, Bill Rammell, viajaram até à Líbia, em encontros que levantam suspeitas de um acordo por contratos lucrativos para o Reino Unido em troca da libertação do bombista de Lockerbie que, à chegada à Líbia, foi recebido como um herói.