A primeira-ministra Theresa May adiou a votação do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, admitindo que seria rejeitado por uma "grande margem".
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"Escutei com muita atenção ao que se disse nesta câmara e fora", afirmou, perante risos dos deputados, acrescentando que, mesmo existindo apoio a grande parte do texto, a solução para a Irlanda do Norte causou muitas objeções.
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A declaração foi feita naquele que deveria ser o quarto de cinco dias de debate que deveriam culminar por uma votação na terça-feira sobre o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia e a declaração sobre as relações futuras entre as partes.
A hipótese de a votação ser adiada começou a ser especulada ainda na semana passada na imprensa britânica, que deu conta de membros do governo preocupados não só com o conteúdo do texto, mas também com as possíveis consequências da votação.
Dezenas de deputados do partido Conservador, atualmente no poder, manifestaram-se publicamente contra o acordo, ameaçando com uma derrota esmagadora do governo, que não tem maioria na Câmara dos Comuns, o que poderia forçar a demissão de Theresa May.