A chefe do governo britânica, a conservadora Theresa May, votou às 08.20 horas em Sonning, condado de Berkshire, sudeste de Inglaterra, para as eleições gerais no Reino Unido.
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Theresa May votou na companhia do marido não tendo prestado qualquer declaração aos jornalistas presentes.
Em abril, Theresa May antecipou as eleições com o argumento de que o Reino Unido precisa de uma liderança estável para enfrentar as negociações sobre a saída do país da União Europeia (Brexit) decidia após o referendo realizado no dia 23 de junho de 2016.
O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, votou no bairro londrino de Holloway, ao norte da capital, às 09.45 horas.
O dirigente da esquerda, que tinha um semblante relaxado e sorridente, estava sozinho e votou nesta jornada eleitoral que chamará às urnas um total de 46,9 milhões de britânicos recenseados.
No momento em que a primeira-ministra conservadora britânica convocou inesperadamente estas eleições antecipadas - sem esperar por 2020 - o seu partido contava com uma ampla vantagem de 20 pontos sobre os trabalhistas.
No entanto, o grupo liderado por Corbyn tem feito nos últimos dias um avanço inesperado, como mostram as últimas pesquisas, sugerindo que os conservadores poderiam reduzir ou até mesmo perder a sua maioria.
Se isso acontecer, poderá acorrer o que é conhecido como um Parlamento "pendurado", sem um vencedor, o que forçaria a realização de coligações.
Os trabalhistas podem aumentar a percentagem de votos obtidos nas eleições de 2015, que foi de 30,4%, representando 229 assentos no parlamento, o que referendaria o projeto social-democrata de Corbyn.
No último dia da campanha eleitoral, o político veterano lamentou que "esta geração esteja a ser prejudicada pela austeridade que surgiu com a crise bancária" de 2008, referindo ainda que o seu partido "oferece algo muito diferente para o futuro", a opção entre "o medo e a esperança".
Um total de 46,9 milhões de britânicos são chamados às urnas, nas 40 mil assembleias de voto, num quadro de segurança policial reforçada devido aos recentes atentados de Londres e de Manchester.