Um tigre-de-bengala foi morto e desmembrado com catanas e barras de ferro por habitantes de uma aldeia na região de Assam, na Índia. Na tentativa de salvar o animal, três funcionárias florestais ficaram feridas.
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Cerca de mil moradores do estado indiano uniram-se para matar e mutilar um tigre-de-bengala, na passada quinta-feira. O abate aconteceu depois de o animal ter matado o gado da aldeia de Dusutimukh, em Assam, e ter sido considerado uma ameaça à vida humana.
Muitos dos habitantes atacaram o tigre com catanas, espadas tradicionais japonesas, e barras de ferro, depois de o perseguirem até uma área arborizada. De acordo com as autoridades florestais, citadas pela emissora briânica BBC, as patas, as orelhas, os dentes e alguns pedaços de pele do animal, foram recolhidos como “troféus”.
Três funcionárias florestais ficaram feridas ao tentarem salvar o tigre.
O ataque ao tigre foi criticado por Mrinal Saikia, legislador de Assam. “Este é um ato muito doloroso. A Terra não é só para os humanos, é também para os animais”, escreveu nas redes sociais, acrescentando que serão tomadas medidas rigorosas contra os envolvidos no assassinato do animal.
Os dados mais recentes do departamento florestal de Assam mostram que a população de tigres no estado aumentou constantemente de 70 em 2006 para 190 em 2019 devido a vários esforços de conservação.
No entanto, os casos de tigres mortos devido a conflitos com os habitantes locais têm sido frequentemente noticiados, o que pode dever-se à redução do habitat e à falta de proteção dos tigres entre os diferentes parques nacionais do estado. Este é o terceiro abate de um tigre este ano.
Os tigres são uma espécie protegida pela Lei de Proteção da Vida Selvagem da Índia de 1972, que proíbe a caça ilegal, a caça e o comércio de partes de tigres.