Maxciel Pereira dos Santos, funcionário da FUNAI, Fundação Nacional do Índio, uma agência governamental brasileira de proteção das comunidades indígenas na Amazónia, foi morto com dois tiros na cabeça na cidade de Tabatinga, perto da fronteira com a Colômbia e o Peru, na noite de sexta-feira.
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O funcionário que trabalhava na Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari, principalmente em ações de patrulha e fiscalização contra invasões de caçadores ilegais, agricultores ou madeireiros, foi morto em frente à mulher e filha, quando conduzia a sua mota na avenida mais movimentada de Tabatinga. Apesar de as autoridades ainda não terem estabelecido uma ligação direta entre o trabalho de Maxciel e o homicídio, os meios de comunicação brasileiros salientam que a zona onde trabalhava foi alvo de vários ataques desde o ano passado.
Segundo a Indigenistas Associados, a associação de trabalhadores da FUNAI, o crime foi motivado pelos 12 anos de trabalho da vítima na defesa das comunidades indígenas isoladas da Amazónia.
O homicídio surge poucos dias depois de a Amazónia ter sido destaque em todo o mundo, devido aos incêndios que a atingiram. Entre as causas dos incêndios, está a desflorestação massiva da floresta.