As previsões eleitorais conhecidas neste fim-de-semana apontam para uma vitória esmagadora dos Trabalhistas nas eleições marcadas para 4 de julho: lideram em 456 dos 632 círculos eleitorais, deixando para os Conservadores uns escassos 72 lugares no Parlamento.
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A projeção da empresa britânica “Survation”, que foi replicada pelo jornal “The Times”, tem por base mais de 42 mil inquéritos conduzidos nas últimas duas semanas, e é esclarecedora quanto a quem vencerá as eleições para o Parlamento britânico: os Trabalhistas (centro-esquerda), liderados por Keir Starmer, são os favoritos em 456 círculos uninominais (as eleições são a uma volta e é eleito o candidato que tiver mais votos em cada círculo).
Como escreveu Robert Jennick no jornal “Sunday Telegraph”, dirigindo-se aos eleitores conservadores, os Trabalhistas estão próximos de conseguir uma “ditadura eleitoral”, uma imagem forte que não pretende pôr em causa a legitimidade democrática, mas vincar o facto de Starmer estar a angariar uma vantagem à prova de bala: os Trabalhistas teriam mais 139 deputados do que os 317 de que necessitam para garantir a maioria absoluta em Westminster, mais 254 deputados do que em 2019 e mais 384 que os Conservadores.