Transição energética na China é estratégia para garantir "monopólio da sustentabilidade"

China aumentou a capacidade de produção de energia solar em 240 gigawatts neste ano
Foto: Sara Hussein/AFP
As emissões de dióxido de carbono na China estabilizaram nos últimos 18 meses, impulsionadas pela rápida expansão das energias renováveis e dos veículos elétricos. Num contexto político em que as medidas ambientais perdem força, o país destaca-se na viragem energética, movido menos por razões ambientais e mais por estratégia económica e política, para preencher o vazio nas políticas ambientais a ocidente.
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Segundo um relatório do Centro de Pesquisa para a Energia e Ar Limpo (Crea), "as emissões de CO2 da China estão estáveis ou em queda há 18 meses, desde março de 2024. Essa tendência manteve-se no terceiro trimestre de 2025, quando as emissões permaneceram inalteradas face ao mesmo período do ano anterior". Na ausência de um pico no final do ano, as emissões de CO2 podem cair no balanço geral de 2025.
