Três réus foram condenados na noite de quinta-feira por terem participado na morte de Celso Daniel, prefeito de Santo André (cidade da região metropolitana de São Paulo), em janeiro de 2002.
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O júri popular durou mais de nove horas, tendo condenado Ivan Rodrigues da Silva a 24 anos de prisão, de José Edison da Silva a 20 anos e de Rodolfo Rodrigo dos Santos a 18 anos, segundo a imprensa brasileira.
Os três foram acusados pela Ministério Público de executarem o sequestro e o assassínio de Daniel, com oito tiros. Os condenados negaram a participação no crime e disseram que os polícias os torturaram durante interrogatório para que confessassem.
A motivação para a morte seria política, segundo o Ministério Público. Celso Daniel era, em 2002, apontado para coordenar a campanha política que levaria Luís Inácio Lula da Silva à Presidência. Segundo a acusação, ele foi morto porque descobriu um esquema de desvio de verbas na prefeitura.
Ainda de acordo com o Ministério Público, o mandante do crime seria Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, ex-assessor de Daniel. Principal acusado do crime, Sombra espera em liberdade a análise dos recursos interpostos por sua defesa, que alega a sua inocência.
O caso já havia gerado uma condenação, em 2010, de outro suposto executor do crime: de Marcos Bispo dos Santos, condenado a 18 anos de prisão.
Os outros dois acusados que seriam julgados na quinta-feira tiveram o júri adiado depois que os seus advogados de defesa deixaram o tribunal. Os defensores alegaram que teriam menos tempo do que a acusação para sustentarem a sua versão dos factos.