As autoridades neerlandesas detiveram, na quarta-feira, três homens, suspeitos de estarem relacionados com o roubo de artefatos romenos antigos de um museu no nordeste dos Países Baixos.
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O assalto ao Museu Drents, em Assen, ocorrido no sábado, causou tensão na Roménia e levou a Polícia dos Países Baixos a montar uma operação para localizar e deter os culpados, que usaram explosivos para levarem a cabo a invasão. Os tesouros furtados, e que ainda não foram recuperados, tinham sido emprestados pelo Museu Nacional de História da Roménia, em Bucareste.
“Os suspeitos estão detidos sob condições rigorosas e estão a ser interrogados sobre o seu papel no assalto”, comunicaram as autoridades neerlandesas na quarta-feira, citadas pela agência de notícias France-Presse, não descartando novas detenções.
Pelo menos quatro peças arqueológicas foram levadas do Museu Drents, nomeadamente o Capacete de Cotofenesti - uma peça feita de ouro, da civilização dácia, com mais de 2400 anos - e três pulseiras de ouro datadas de aproximadamente 50 a.C.. Além dos artefactos furtados, o assalto com recurso a explosão partiu janelas e provocou danos em edifícios contíguos ao museu, numa ação "meticulosamente planeada", que envolveu várias pessoas.
As peças roubadas faziam parte da exposição “Dácia – Império de ouro e prata”, que apresenta “mais de cinquenta tesouros de ouro e prata da Roménia, desde o século XX a.C. até ao século III d.C.”, de acordo com informação disponível no site do Museu Drents. Na sequência do assalto, o diretor-geral do museu, Harry Tupan disse não estar em causa o ouro, mas sim o "património cultural", uma "herança levada de forma muito cruel".
A Polícia, que agora deteve três suspeitos, está também a investigar o incêndio de um veículo, ocorrido uma hora depois do assalto, que poderá estar relacionado com o crime.