Foi uma madrugada trágica em Múrcia, no sudeste de Espanha. Um incêndio afetou três discotecas e, pelo menos, 13 pessoas morreram. Autoridades admitem que o balanço pode aumentar.
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O alerta para o incêndio chegou às autoridades às 6 horas deste domingo (menos uma hora em Portugal continental), numa conhecida zona de discotecas de Múrcia, chamada Atalayas. As chamas atingiram três espaços de diversão noturna: a discoteca Teatre, Fonda e Golden.
O balanço mais recente indica a existência de 13 mortos e vários feridos.
A maioria das vítimas - sete - foram encontradas na discoteca Fonda, ao contrário das primeiras informações divulgadas sobre a tragédia, que identificavam apenas a discoteca Teatre. Há várias pessoas ainda desaparecidas.
De acordo com a Polícia Nacional, o fogo teve origem na discoteca Fonda e alastrou-se para a discoteca contígua, Teatre, e daí para outra, chamada Golden. Em tempos, a Teatre e a Fonda eram o mesmo estabelecimento. Este facto gerou confusão nas primeiras informações sobre o incêndio.
Quatro feridos por inalação de fumos foram transportados para o hospital: são duas mulheres de 22 e 25 anos e dois homens de 41 e 45 anos. Pelo menos outras cinco pessoas procuraram assistência médica.
Para além dos serviços de emergência e dos bombeiros, estão no local unidades especializadas da sede da polícia de Múrcia para investigar as causa do incêndio.
"O incêndio provocou danos estruturais que "conduziram a um colapso da estrutura para o interior do estabelecimento", adiantou um porta-voz da Polícia Nacional.
Foi criada uma área de informação para familiares no palácio desportivo vizinho, onde uma equipa de psicólogos acompanha os familiares das vítimas.
O presidente de Múrcia, Fernando López Miras, manifestou-se "preocupado e consternado" com a tragédia, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
Em resposta, o presidente nacional do PP, Alberto Núñez Feijoo, declarou: "Lamento muito e gostaria de acompanhar as famílias das vítimas do incêndio de Múrcia, esta manhã, na sua dor. Gostaria também, naturalmente, de expressar a minha gratidão e apreço pelos serviços de emergência".
Também o primeiro-ministro em exercício, Pedro Sánchez, transmitiu o seu "afeto e solidariedade" às famílias do "trágico" incêndio e transmitiu o seu "apoio e colaboração" ao presidente da região.