Treze dos 19 presumíveis radicais islâmicos detidos em França vão ser acusados de associação criminosa com ligações a uma organização terrorista.
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Os suspeitos, detidos desde sexta-feira, vão também ser acusados de posse de armas, acrescentou o procurador de Paris, François Molins.
Entre os elementos recolhidos pelos procuradores antiterroristas figura um "plano de sequestro" de um juiz de Lyon (centro-leste), que não chegou a ser iniciado.
Segundo fontes próximas da investigação, o plano visava um "magistrado judeu" que em 2010 acompanhou o processo judicial de um dos suspeitos, condenado a um ano de prisão num caso relacionado com os filhos. Segundo o procurador, foram tomadas medidas de proteção do juiz e da sua família.
Os suspeitos, que segundo o ministro do Interior, Claude Guéant, se afirmam seguidores de "uma ideologia extremista radical, uma ideologia de combate", foram detidos numa grande operação dos serviços de contra-espionagem e de unidades de elite da polícia.
Três dos 19 detidos foram libertados sem acusação. Quanto aos que vão ser acusados, o procurador disse que vai pedir que nove fiquem em prisão preventiva e os restantes quatro sejam libertados mediante o pagamento de caução.
Entre eles está o líder do pequeno grupo radical entretanto dissolvido Forsane Alizza (os cavaleiros do orgulho), Mohamed Achlamane, em cuja residência foram apreendidas várias armas.
"Todos os suspeitos confirmaram o papel de animador, de coordenador e de emir" de Achlamane, disse o procurador.
A operação contra os meios radicais islâmicos foi lançada na sequência dos ataques de Toulouse, nos quais Mohamed Merah matou sete pessoas a tiro.
A França anunciou na segunda-feira a expulsão de cinco pregadores islâmicos radicais -- um argelino, um maliano, um saudita, um turco e um tunisino.