Tribunal egípcio reduziu pena de prisão a jovens acusados de conduta homossexual
Um tribunal de recurso egípcio reduziu, este sábado, de três para um ano de prisão a pena a aplicar a oito jovens acusados de terem aparecido num vídeo de um casamento homossexual largamente difundido nas redes sociais.
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Os jovens tinham sido condenados em novembro por "publicação de imagens indecentes", mas ilibados da "prática de incitação ao deboche".
O novo veredito foi anunciado este sábado por um responsável judicial às famílias dos condenados, que aguardavam numa sala de audiência num tribunal do Cairo, constatou um jornalista da Agência France Presse (AFP).
A decisão é passível de recurso.
Os oito jovens foram detidos em setembro depois de terem aparecido num vídeo que mostra dois homens a trocarem alianças, num barco, rodeados de amigos.
O vídeo foi partilhado no Facebook, Twitter e Youtube.
Os advogados de defesa não param de afirmar que os seus clientes não são homossexuais e acusam o tribunal de ter cedido à pressão popular de um país conservador e onde a homossexualidade é mal vista.
Depois da detenção, um dos jovens afirmou a uma cadeia de televisão privada que o vídeo foi filmado durante um aniversário.
A lei egípcia não interdita formalmente a homossexualidade mas muitas pessoas foram condenadas por "deboche" nos últimos anos, acusadas de terem participado em festas de homossexuais.
A organização não-governamental Human Rights Watch acusou em setembro as autoridades egípcias de terem "repetidamente preso e torturado homens suspeitos de conduta homossexual".