O homem acusado de um triplo homicídio em Morata de Tajuña, Espanha, voltou a matar. Desta vez, a vítima foi o colega de cela, na cadeia de Estremera, em Madrid.
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O homicida, de 42 anos e origem paquistanesa, foi detido no dia 22 de janeiro pela morte de três irmãos septuagenários, duas mulheres e um homem. Dois dias depois, deu entrada no módulo 12 da cadeia de Estremera, destinado a reclusos problemáticos. Esta madrugada, segundo informações da imprensa local, matou o homem com quem dividia a cela, espancando-o com um haltere.
Dilawar Hussein, conhecido como "El Negro", por ser pouco sociável, entregou-se, em janeiro, à polícia e confessou o triplo homicídio em Morata de Tajuña. "Fui eu que os matei", disse, na altura, na esquadra de Arganda del Rey.
De acordo com o jornal "El Mundo", o arguido terá emprestado 60 mil euros às duas irmãs e, no ano passado, foi reclamar o pagamento da dívida, chegando mesmo a agredir uma delas com um martelo. A 24 de fevereiro de 2023 foi preso e condenado a dois anos de prisão pelo crime de agressão. Contudo, em janeiro deste ano, acabou por ser libertado por não ter antecedentes criminais.
As duas irmãs pediram ao homem a referida quantia para enviarem dinheiro a um soldado americano que conheceram online e com quem mantinham uma relação amorosa à distância. O homem pedia-lhes uma quantia mensal com a promessa de lhes deixar uma herança de sete milhões de euros.
Apesar de todos os avisos de familiares e amigos de que o suposto soldado poderia ser um burlão, as idosas estavam obcecadas, segundo relatam os vizinhos. Sem notícias dos três irmãos há várias semanas, os conhecidos da família decidiram alertar as autoridades, que encontraram os corpos de Amelia, Ángeles e Pepe, entre 72 e 79 anos, parcialmente queimados e com vestígios de sangue, à entrada de casa. A porta da habitação não foi arrombada e as persianas estavam todas fechadas.