O incêndio causado pela colisão entre dois navios, um dos quais com pavilhão de Portugal, no Mar do Norte ainda está em curso disseram, esta terça-feira, as autoridades portuárias britânicas. Buscas por tripulante desaparecido terminaram.
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O navio-tanque "Stena Immaculate", fretado pelo Exército norte-americano, estava ancorado a cerca de 16 quilómetros da cidade de Hull, Yorkshire, na costa leste do Reino Unido, quando foi atingido pelo navio porta-contentores "Solong", com pavilhão de Portugal.
A colisão provocou um incêndio de grandes proporções e uma fuga de parafina.
Um membro da tripulação do cargueiro foi dado como desaparecido sendo que as buscas chegaram ao fim. "Após uma busca intensiva, infelizmente não foi encontrado e as buscas terminaram", declarou Matthew Atkinson, comandante da divisão da guarda costeira britânica.
"A nossa hipótese de trabalho é que, infelizmente, o marinheiro está morto", informou Mike Kane, secretário do Transporte Marítimo britânico, em declarações a deputados britânicos.
O incidente, que suscita receios de danos ambientais, ocorreu na manhã de segunda-feira desencadeando uma operação de salvamento coordenada pela guarda costeira britânica, para ajudar as tripulações dos navios em chamas e rodeados por colunas de fumo.
As causas do incidente estão ainda por determinar.
Segundo o operador norte-americano do navio-tanque ancorado, o "Stena Immaculate" foi atingido pelo porta-contentores "Solong".
Empresa nega cianeto de sódio
Um dos tanques do "Stena Immaculate", que continha parafina, partiu-se, disse o operador, acrescentando que toda a tripulação conseguiu abandonar o navio.
O cargueiro, de bandeira portuguesa, transportava uma quantidade desconhecida de álcool e 15 contentores de cianeto de sódio, um gás inflamável e altamente tóxico, segundo o portal especializado Lloyd's List Intelligence.
Mas a empresa proprietária, em comunicado, explica que o navio tinha a bordo "quatro contentores vazios”, que anteriormente tinham transportado cianeto de sódio, e garante que vai continuar a monitorizar esses contentores.
Um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, descreveu a situação como extremamente preocupante, enquanto a guarda costeira está ainda avaliar a situação para decidir quais as medidas de combate à poluição que podem vir a ser adotadas na sequência da colisão.